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Coleta seletiva

Por que reduzir, reutilizar e reciclar
Tirar do lixo materiais que podem ser reciclados traz benefícios à sociedade e ao meio ambiente.
A quantidade de lixo domiciliar produzida no Brasil atualmente é de 115 mil toneladas por dia. Se esse lixo fosse colocado de uma só vez em caminhões, haveria uma fila de 16.400 deles ocupando 150 quilômetros de estrada. Em apenas três dias, essa fila ultrapassaria a distância entre São Paulo e Rio de Janeiro.
Cerca de 30% de todo o lixo é composto de materiais recicláveis como papel, vidro, plástico e latas. Tirar esses materiais do lixo traz uma série de vantagens. Uma delas é recursos naturais e de energia que se faz com a reciclagem. Cada lata de alumínio reciclada, por exemplo, economiza energia elétrica suficiente para manter uma lâmpada de 60 watts acesa por quatro horas. E a reciclagem de 100 toneladas de plástico evita o uso de 1 tonelada de petróleo.
A coleta seletiva também diminui o volume de lixo que vai para os aterros sanitários, aumentando sua vida útil e evitando que as prefeituras tenham de gastar dinheiro com a construção de novos aterros. Outro ganho para a sociedade acontece  quando os materiais recicláveis são encaminhados para centrais de triagem mantidas por cooperativas de catadores, que têm ali um trabalho mais digno do que vasculhar recicláveis pelas ruas ou em lixões.
O que reciclar
Saiba o que pode ser encaminhado para a coleta seletiva e o que deve ir para o lixo comum.
Papel
Separe para reciclagem: papéis de escritório, papelão, caixas em geral, jornais, revistas, livros, listas telefônicas, cadernos, papel cartão, cartolinas, embalagens longa-vida, listas telefônicas, livros
Jogue no lixo, pois não é reciclável: papel carbono, celofane, papel vegetal, termofax, papéis encerados ou palstificados, papel higiênico, lenços de papel, guardanapos, fotografias, fitas ou etiquetas adesiva
Plástico
Separe para reciclagem, retirando antes o excesso de sujeira: sacos, CDs, disquetes, embalagens de produtos de limpeza, PET (como garrafas de refrigerante), canos e tubos, plásticos em geral
Jogue no lixo, pois não é reciclável: plásticos termofixos (usados na indústria eletro-eletrônica e na produção de alguns computadores, telefones e eletrodomésticos), embalagens plásticas metalizadas (como as de salgadinhos), isopor
Vidros
Separe para reciclagem, retirando antes o excesso de sujeira: garrafas de bebida, frascos em geral, potes de produtos alimentícios, copos
Jogue no lixo, pois não é reciclável: espelhos, cristais, vidros de janelas, vidros de automóveis, lâmpadas, ampolas de medicamentos, cerâmicas, porcelanas, tubos de TV e de computadores
Metais
Separe para reciclagem, retirando antes o excesso de sujeira: latas de alumínio (refrigerante, cerveja, suco), latas de produtos alimentícios (óleo, leite em pó, conservas), tampas de garrafa, embalagens metálicas de congelados, folha-de-flandres
Jogue no lixo, pois não é reciclável:  clips, grampos, esponjas de aço, tachinhas, pregos e canos
Implante a coleta seletiva
Um breve roteiro para iniciar o programa em comunidades como escolas, pequenas empresas ou condomínios.
Como implantar a coleta seletiva
Implantar um programa de coleta seletiva não é complicado, mas é preciso planejar bem e implementá-lo corretamente. Do contrário, a chance de dar errado é grande. Veja abaixo alguns dos principais passos para iniciar a coleta seletiva em uma comunidade, seja um condomínio, escola ou pequena empresa. E veja também o roteiro completo para implantar o programa na cartilha da Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo ou no site do Instituto GEA. O GEA fica na cidade de São Paulo e oferece consultorias gratuitas — pessoalmente, por telefone ou por e-mail — sobre implantação de programas de coleta seletiva.
Planejamento
• faça um levantamento de quantas pessoas estão envolvidas (moradores, alunos, funcionários)
• verifique a quantidade de lixo gerada diariamente e determine um local para armazenar os materiais recicláveis até que sejam coletados
• determine para onde será encaminhado o material reciclável: se será doado a uma cooperativa de catadores, se será vendido, quem virá buscar e com que freqüência. Não inicie um programa de coleta seletiva sem saber antes para onde vai encaminhar o material faça coleta seletiva apenas do material que puder encaminhar para reciclagem. Não adianta separar isopor ou caixas do tipo longa vida se a cooperativa ou o comprador não tem para quem vendê-los e vai jogá-los no lixo comum
•elabore um programa de comunicação do programa de coleta seletiva e de mobilização da comunidade, para que todos saibam como e por que participar.
Implantação
• compre os equipamentos necessários
• faça o treinamento das pessoas envolvidas na coleta seletiva (pessoal da limpeza, por exemplo)
• inicie a campanha de comunicação e mobilização
• inaugure o programa com algum evento (festa, palestra)
Manutenção
• acompanhe a coleta, o armazenamento e a venda ou doação do material reciclável
• faça um balanço periódico do programa e divulgue os resultados para a comunidade
• continue sempre a campanha de mobilização